terça-feira, 17 de novembro de 2009

Kart e carne crua na Paulicéia

De vez em quando tomo a liberdade de indicar algum bar ou restaurante aqui neste blog. O post de hoje, no entanto, tem a intenção de alertá-lo, caro leitor. Memorize aí: Atlântica Grill.

O primeiro sábado de novembro foi de encontro entre amigos para uma corrida de kart. Eu, debutante no esporte, até que não fiz feio. Como nunca tinha pilotado o brinquedo e sequer tive alguma dica dos mais experientes, fui me ambientando aos poucos e percebendo o mecanismo da brincadeira.

Preleção para as instruções gerais de bandeiras multicoloridas, fomos pra pista. Com o nº 18, parti e comecei a acelerar. Exatos dez minutos depois, pararam o "treino" para a formação do grid de largada. Até aí tudo dentro do script. Auto-intitulada "A maior pista de kart indoor do mundo" o Kart In Jaguaré parecia o templo da organização mas ficou devendo um item de necessidade primária.

Paulo, da nossa equipe, se envolveu num acidente relativamente grave e sobrou escoriações profundas em seu joelho direito. Após oito voltas, avistei a sua saída, mancando, entre carros apressados. Prova abandonada e lá foi ele procurar atendimento médico. Não tinha. Ambulância? Nem pensar. Sequer havia um ambulatório ou materiais para primeiros socorros. Ganhou uma sacola de gelo e ficou assistindo ao resto da corrida. Puto, evidentemente. Esbravejou ao término da prova e a direção justificou ser um esporte de risco e jogou a responsabilidade pra cima dele. Pra esfriar mais um pouco, não cobrou a taxa dele.

Voltando à corrida, Humberto e Carlos, com currículos recheados de provas, fizeram as melhores voltas e largaram na frente. Com alguns esbarrões nos concorrentes e duas derrapadas de 180 graus, larguei em 15º ao lado de Gil na 16ª posição. Marcelo, outro da turma, veio logo atrás.

Na pole, o malandro Humberto, que não teve a camaradagem de avisar a trupe, do tipo: "tentem fazer um volta boa pra largarem bem". Fez sozinho, largou na ponta e não deu brecha pro insistente Carlos "Homer Simpson" - ele é a cara do pai do Bart - que o perseguiu o tempo inteiro. Liderou a corrida, impôs duas voltas neste que vos escreve e ganhou o 1º Desafio de Kart Paulo Renato. Uma singela homenagem ao piloto acidentado.

Fim de corrida, volta pra casa e hora de comer algo. Paulo e Humberto tomaram outro rumo. Eu, Gil, Marcelo, Homer e Fábio "Zé Roberto" - este era sósia do ex-santista - Atlântica Grill, vamos nessa. Rodízio popular, casa cheia, primeira vez de todo mundo, fomos apreciar as carnes nobres. Um buffet de saladas interessante. E começaram a trazer as carnes. Mal passadas. Não...preciso enfatizar um pouco: MUITO mal passadas. E nada de chegar algo assado na mesa.

Eis que de repente, acaba a energia. Desespero total. Velas improvisadas, daqueles toquinhos que a gente guarda em casa pra uma emergência dessas. E os garçons continuaram a servir. Celulares viraram faroletes para identificar o "ponto" das iguarias. Tentamos. Cerca de 20 min. depois volta a energia. Nessas tentativas, uma garfada era suficiente pra descobrir um boi quase vivo em nossos pratos. Luzes acesas e lá estava a prova do crime.

Picanhas absolutamente cruas, costela suína pálida. Rimos muito com a situação, fotografamos, pagamos a conta e saímos pra nunca mais. Até o garçon debochou: "ainda querem pagar?".
Anote bem o nome: Atlântica Grill. No começo da Robert Kennedy, sentido bairro.
Avistou esse nome, faça como o Humberto no kart, acelere muito!!!


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Covardia não ganha campeonato

Mais um empate no Palestra. Dessa vez, com o já rebaixado Sport. Depois de tomar dois gols em menos de 20 minutos de jogo, Muricy esperou o intervalo para mexer no "forte esquema de marcação" que ele tanto cultua. Até quando, Muricy? Quanto tempo vai demorar para ele perceber que se o Palmeiras sair atrás dentro do Palestra, dificilmente consegue virar o jogo?

Nossa tradição é vencedora. O elenco não é dos melhores, mas temos um time bom e em condições de levar esse Brasileiro. Mas jogando assim, covardemente, deixaremos escapar esse título. Engraçado é que parece que ninguém deu esse toque ao sargentão. E cadê o Jorginho, que seria seu auxiliar técnico? Ninguém ouve mais falar dele. Será que alguém é capaz de avisar o Muricy dos fantasmas que habitam o Parque Antártica? Ou avisaram e ele escolheu se defender dentro de seus domínios para desafiar o fantasma.

Mando de jogo foi feito pra atropelar adversários. Seja quem for. Estive no jogo contra o Avaí, muito parecido com o desta noite. Saímos atrás. Tomamos dois gols em curto espaço de tempo. Pra daí ele mexer no time, tirar aquela retranca ridícula e conseguir empatar, curiosamente, como na noite de hoje.

Se entrasse com esse time, desde o primeiro tempo, com atitude e a garra que jogaram a segunda etapa, certamente teríamos vencido com facilidade. Porque o Sport está morto. Agora, se deixar os caras gostarem do jogo, fica difícil. Foi assim contra Avaí e Flamengo.

Podemos até levar esse campeonato, mas pro ano que vem, ou Muricy muda esse hábito covarde de jogar com esse festival de zagueiros e volantes ou será mais um ano de agonia. De empates "heróicos" dentro de casa.


É preciso atitude e coragem, Sr. Muricy. Porque time, comparando aos que disputam o título, você tem. Quando foi contratado, pedi que tivesse cuidado com essa camisa. Ainda dá tempo.

*foto extraída do blog do Lucena - flucena.files.wordpress.com/2009/07/muricy3.jpg