sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Rota Márcia Prado 2012 - Impressões de um espião


Infelizmente não pude participar do passeio ciclístico "Rota Márcia Prado 2012", mas registrei alguns momentos do início do trajeto e adicionei fotos de amigos que se juntaram aos mais de 7 mil ciclistas.

Confira no vídeo.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Calor, humanos!



Começo este texto pela foto e uma frase-chavão, do filósofo chinês, Confúcio: "uma imagem vale mais do que mil palavras".




A foto é simples e mostra uma mulher dando água a um cão. A vida na metrópole é avassaladora. O tempo parece engolir a gente, que tenta fazer diversas coisas ao mesmo tempo, corre contra o relógio, e no fim do dia chega à conclusão de que não conseguiu realizar metade dessas tarefas.


Estava hoje, exatamente nessa luta diária, e me deparei com a cena da foto. Aliás, tive o prazer e por que não dizer, privilégio de participar dela. Saí apressado de um prédio na esquina da Rua Humaitá com a efervescente Brigadeiro Luiz Antônio, e notei que esta mulher vinha apressada atrás desse cachorro: "toma a água, toma a aguinha", dizia ela, e o cão, meio sem entender a gentileza, acelerando o passo. No calor que se descortinou na Pauliceia, nesta bela quarta-feira ensolarada, o pobre cão caminhava com meio metro de língua para fora.

Saí do prédio, acelerei o passo e ouvi os pedidos da mulher. Entendi a cena, cerquei o cachorro e a mulher, que nem faço ideia de quanto tempo e de qual ponto iniciou a perseguição, finalmente conseguiu ofertar-lhe um copo descartável, grande, repleto de água. Em segundos, o cachorro secou a gentileza, e logo o evento começou a ganhar plateia. A mulher ficou observando, e, no momento da foto, ela pegou o copo e pediu mais água, num bar em frente. Depois da foto, parti.
Quantas pessoas nessa cidade prestam atenção a um cachorro na rua? E por mais apressada que tivesse, a mulher não perdera mais que 10 minutos para matar a sede do animal.

Não sei o que aconteceu, mas o gesto da mulher me deixou eufórico com a humanidade, que a cada dia que passa, se mostra mais individualista, mesquinha e hipócrita. Tem gente que passa o dia em redes sociais postando correntes de ajuda a animais, pessoas doentes e afins, e se restringe a isso, como se tivesse fazendo um grande bem ao planeta.

Altruísmo é isso. É ter percepção e ajudar sem segundas intenções. Experimente desligar o computador e sair às ruas, repetir um gesto como este, visitar um asilo, um doente. O mundo precisa de calor humano e nossa genética já soube fazer isso muito bem. Hoje, tenho minhas dúvidas.



domingo, 18 de novembro de 2012

É hora de acordar


Há exatos um ano e meio não falei de futebol neste blog, nem quero me desculpar por longo tempo longe destas quatro linhas. Voltei. E retorno num dia triste para a nação palestrina. Gente que sofre, que depende de um gol de canela que seja, para sorrir no dia seguinte e ter ânimo pra enfrentar a luta diária.

O Palmeiras, mais uma vez, caiu para a segunda divisão. Lembro-me como ontem, da primeira queda. Time apático, jogadores com mãos na cintura e vendo a 'banda passar'. Dodô, aquele dos 'gols bonitos', que o diga. Enfim, um choque para que o clube acordasse, se reestruturasse e, sobretudo, ressurgisse como manda o hino mais lindo do mundo: 'sabe sempre levar de vencido e mostrar, que de fato é campeão'.

Subimos com méritos, na bola, sem tapetão ou ajuda de arbitragem. Sob a liderança de Marcos, hoje canonizado pela torcida alviverde, reacendemos  um amor incondicional, seja na B, na C ou qualquer lugar ou condição que o time estivesse. Suamos, choramos e vencemos a maioria das batalhas. Ressurgimos campeões.

O novo choro é um misto de vaias e aplausos. Vaias para um presidente medíocre, que assume a fraqueza e aceita a derrota como se fosse nossa tradição. Aplausos para um atacante, que nem brasileiro é, e tatuou o escudo no peito como nenhum outro fez ou faria pelo clube. Dos diversos fracassados, Barcos, você tentou transformá-los em vencedores, mas faltou vontade da parte deles. 


                                  "Eu canto, eu sou Palmeiras até morrer"

Da 'torcida que canta e vibra', faltou paciência num momento crucial. Promover quebra-quebra e prejudicar os mandos de campo em jogos fundamentais para a sobrevivência do time, desculpe, galera, foi assinar atestado de burrice num jogo em que tínhamos tudo para vencer, mas esbarramos na falta de frieza de Luan, que terminou expulso e saímos derrotados diante do arquirrival.

Agora, nos resta terminar este ano com dignidade, uma de nossas marcas. E em 2013, que novas pessoas comandem o clube. Que o respeito pela entidade e sua imensa torcida seja prioridade, e que voltemos a ser forte e grande, como sempre fomos. 

Força, Palmeiras!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Abertura do Circuito Corpore 2012 : 11k na USP


Há tempos, desde as charmosas provas da Nike 10k, não corria na USP. Há exatos 30 dias, a Corpore Brasil promoveu a 2ª Corrida e Caminhada Wall Mart 11k, nas arborizadas e tranquilas ruas da universidade.

Com temperatura na casa dos 23 ºC e tempo nublado, a prova de 11 km transcorreu num ritmo contagiante de alegria e integração entre os corredores, característica comum no esporte: gente bonita, de bem com a vida e à procura de bem-estar na prática esportiva.

Muito bem organizada, a prova contou experimentalmente com a largada em ondas, prática adotada na Maratona de Nova Iorque, em 2009, e "importada" pela Corpore, onde os corredores informam o tempo médio em que pretendem percorrer cada quilômetro e são divididos de acordo com esta expectativa, largando aos poucos, para não provocar tumulto e não prejudicar a quem busca melhoria na performance.

No vídeo abaixo, confira fotos do evento e entrevistas com os maratonistas Rubens Rodrigues e Letícia Radaic.


terça-feira, 6 de março de 2012

Bicicletada SP: "mais amor, menos motor"

Aproximadamente cinco mil ciclistas participaram da #BicicletadaSP, na noite desta terça-feira (6), na Av. Paulista. O movimento, que aconteceu em mais de 35 cidades do país, teve concentração na Praça do Ciclista, entre a R. Bela Cintra e R. da Consolação, e de lá, partiu rumo ao Paraíso, passando pelos locais dos acidentes que vitimaram Juliana Dias e Márcia Prado, coincidentemente, próximos.

O principal objetivo, além de homenagear as duas ciclistas tragicamente mortas na avenida mais importante da Pauliceia, era pedir mais respeito aos motoristas e autoridades competentes, como mostrará a entrevista com Eduardo Merheje, que se mostrou contra a paralisação dos dois sentidos da via, ocorrida momentaneamente em dois pontos da passeata, e acendeu uma vela preta, no cruzamento da Paulista com a R. Maria Figueiredo.


Depois de paralisar a pista sentido Paraíso, a #bicicletada seguiu pela R. 13 de Maio, passou pela R. Maria Paula, com direito a uma pausa em frente à Câmara dos Vereadores. Depois, segundo o ciclista "Mario Bros", outra parada e muitos protestos diante da 'casa do Copas', mais conhecida como sede da Prefeitura de SP;, Pça da República, Rua Augusta e completou o giro, regressando à Praça do Ciclista.


Uma 'pequena' cicloativista, Ellen Cristine, 8, chamou a atenção por verbalizar sua indignação ininterruptamente, ao longo da passeata: "Todas as crianças da minha escola estão lutando para salvar a natureza", esbravejou.


Confira o vídeo abaixo, do início dos protestos, e as demais entrevistas, postarei em breve:

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ciclovia do Pinheiros: dá para melhorar


Com a trégua das chuvas nas últimas semanas, tenho conseguido ir ao trabalho de bicicleta, praticamente todos os dias. Utilizo a ciclovia do Rio Pinheiros, da entrada principal, na Av. Miguel Yunes, até a saída, na Vila Olímpia. Pedalando sem pressa, gasto cerca de 30/35 minutos.

O que me espanta numa cidade como São Paulo é uma alternativa como esta, à disposição de quem queira usar, seja tão pouco aproveitada pela população. Está certo que a infra-estrutura não está 100%, como já deveria estar se as promessas dos nossos governantes fossem cumpridas, no entanto, creio que falte um pouco de coragem ao mesmo pessoal que lota a ciclovia aos finais de semana.

Saída estação Santo Amaro: para inglês ver e pouca gente usar

No horário em que costumo ir, encontro, se muito, duas ou três pessoas a caminho do trabalho. Anteontem por exemplo, conversei com o João, que trabalha no Itaim e pedala do Grajaú até lá, todo santo dia. Faça chuva ou faça sol. Para ele, "o pessoal gosta é de ir cochilando em pé, com gente pendurada nas costas", referindo aos trens lotados, que aceleram paralelamente. Para Wesley Vinícius, 18, "falta melhor cuidado com a pista, já que vários buracos tomam conta do trajeto. E a diminuição dos veículos na ciclovia também ajudaria bastante", afirmou.

Dia desses, através do twitter, dirigi essas perguntas à Soninha Francine, cicloativista e pertencente à casta de políticos da Pauliceia: "Alô , sabe da promessa de construção de saídas da Ciclovia do Pinheiros nas estações? Tem alguma previsão das autoridades?"

Infelizmente, não obtive resposta.

Das autoridades, para que mais pessoas possam se valer deste saudável meio de transporte nos dias úteis, é preciso que:

1) cumpram a promessa de construção das saídas em TODAS as estações da CPTM; Creio que a saída da estação Jurubatuba seja um modelo prático e econômico, diferente da obra astronômica que fizeram na estação Santo Amaro (foto);

2) amplie o horário de fechamento, que hoje, com o fim do horário de verão, voltou a ser às 18h15; O ideal seria mantê-lo, no mínimo, até às 19h15*. (ou nao havia percebido, ou curiosamente mudaram hoje, e a ciclovia continuará aberta até às 19h15, até 1º de abril)

3) ilumine todo o trecho em utilização, da Miguel Yunes à Cidade Universitária;

4) Diminua a circulação de veículos "particulares" (são muitos, e muitas vezes, em alta velocidade);


E por último, um recado a quem nos observa da plataforma, esperando trens lotadíssimos e desconfortáveis ou mesmo, dos carros, parados no trânsito da marginal:

Venha para a ciclovia. Os benefícios são incalculáveis. Em todos os sentidos.




terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Esquadrão Ibiraense: tetracampeão em Itajobi


Estive, no início de 2012, mais uma vez na sempre hospitaleira e fervilhante Ibirá, estância hidromineral, distante 400 km da Pauliceia, entre Catanduva e São Jos
é do Rio Preto.

Convidado pelo Auxiliar Técnico, Itamar, fui acompanhar a estreia do time da cidade, nas Jornadas de Itajobi, distante cerca de 40 km. A competição, que no decorrer do ano, acontece em várias praças, inclusive em Ibirá, envolve diversas modalidades e possui atletas de todas as faixas etárias. Como incentivo a prática de esportes, as respectivas prefeituras oferecem transporte gratuito aos seus nativos.


Ibirá: experiência e juventude que coleciona títulos


Campeão das edições de 2008, 2009 e 2010, a gana pelo tetracampeonato amador pode ser vista na bronca do técnico Giba, que depois de assistir um primeiro tempo de várias chances criadas, amplo domínio da partida e nenhum gol no placar, deu bronca geral na rapaziada.


Fato é que no segundo tempo, a vitória veio e os próximos adversários foram batidos um a um, até a grande final, contra Marapoama. Falei há pouco com o goleiro Ricardo, e não deu outra: o esquadrão ibiraense venceu por 3 a 1, e começou o ano com troféu na galeria.